4° Encontro Baiano de Educação do Campo na UNEB discute Agroecologia e Territórios
Com o tema “Educação do Campo, Agroecologia e Territórios em Disputa: Fortalecendo Novas Primaveras”, foi aberto na manhã desta sexta-feira, 19, o 4° Encontro Baiano de Educação do Campo (Ebec), no Campus I da UNEB, em Salvador.
O evento, realizado pelo Centro Acadêmico de Educação do Campo e Desenvolvimento Territorial Paulo Freire (CAECDT) e o Grupo de Pesquisa Educação do Campo, Trabalho, Contra-hegemonia e Emancipação Humana (Gepec), ambos da Universidade, segue com extensa programação até sábado, 21.
A coordenadora de Educação no Campo e Quilombola da Secretaria da Educação do Estado, Poliana Reis, destacou o investimento que a Secretaria da Educação tem feito para o funcionamento das escolas do campo.
“Esta semana, em Santaluz, inauguramos duas escolas do campo. Isso faz parte da resposta do Governo do Estado e da nossa luta pelo não fechamento das escolas do campo e do movimento contrário que precisamos fazer pela abertura de mais escolas. Temos que apoiar nossos municípios e proporcionar condições para que não fechem suas escolas. Respeitando o princípio da nossa gestão democrática, faço um apelo a vocês para que estejam nas nossas escolas apontando o que está errado e indicando no que precisamos avançar”, frisou.
O Encontro tem a finalidade de reunir os sujeitos sociais envolvidos com a discussão da Educação do Campo e da Agroecologia, com vistas ao aprofundamento da conjuntura atual, socialização das produções acadêmico-científicas, relatos de experiências em espaços escolares e não-escolares no campo do ensino, da pesquisa e da extensão. “Nós defendemos a Educação do Campo. Estamos dentro de uma instituição que é do Estado. E reitero que a UNEB é uma universidade inclusiva, que prima pela igualdade e respeito. É uma universidade que é um espaço político, um lugar de produção de ciência, uma instituição político-social”, destacou a reitora da UNEB, Adriana Marmori.
Discente do curso de Agroecologia da UNEB, Denis Araújo, ressaltou que a implantação do curso é um avanço na universidade. “A proposta do curso de Agroecologia busca a centralidade de um projeto de desenvolvimento para a sociedade, que se dá a partir dos povos, das comunidades tradicionais e campesinos. A institucionalização dessa formação é um avanço muito importante para a universidade, e que esta instituição continue mobilizada para garantir infraestrutura e a permanência de nós, discentes do curso”, disse o estudante.
Suiane Santos, representante dos movimentos sociais dos pequenos produtores, realçou a parceria que a UNEB tem com a Educação do Campo. “O estado da Bahia tem sido referência na construção das licenciaturas, mas ainda enfrentamos desafios enquanto profissionais da educação do campo, na necessidade de reconhecimento dos profissionais e dos estudantes da educação egressos da universidade, para que tenham de fato espaço para atuar nas escolas”, frisou.
Foto: Danilo Oliveira/Ascom Uneb
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