Foto: Amanda Chung
Feiras, festas e festivais literários em municípios baianos são palco para os estudantes da rede estadual de ensino se expressarem artisticamente, seja por meio visual, musical ou cênico, como também pela dança. Desde esta quinta-feira (5) até sábado (7), os estudantes demonstram seu protagonismo, por exemplo, na Festa de Arte e Literatura Negra Infantojuvenil, no Centro Histórico de Salvador, no 1º Festival Literário de Ibotirama (Flibot) e na II Festa Literária da Ilha de Boipeba (Flipeba).
Na abertura da Festa de Arte e Literatura Negra Infantojuvenil, na manhã desta quinta, os alunos do Colégio Estadual Edvaldo Brandão Correia, localizado em Cajazeiras IV, vivenciaram um momento de interação pela música e poesia. Reunidos no Espaço Juventudes, no Largo Quincas Berro D´Água, eles apresentaram o Sarau Escrevivências Afro Baianas: textualidades negras, inspirado na produção literária dos próprios alunos, que em novembro lançarão um livro sobre a temática étnico-racial.
O Escrevivências Afro Baianas foi criado e direcionado ao Edital Professor Jorge Conceição, das secretarias estaduais da Educação e da Promoção da Igualdade Racial, que premia projetos trabalhados em sala de aula sobre a história afro-brasileira e indígena. “O livro reúne poesias, contos e cartas produzidos pelos alunos a partir de suas próprias vivências”, explica a professora Jucy Silva, do Edvaldo Brandão Correia. Para a estudante do 2º ano do curso técnico de nível médio em Administração, Maria Clara Souza Rios, 17, que assina um dos textos, o festival é uma oportunidade de apresentar suas vivências e, também, conhecer outras histórias. Só é possível graças à escrita.
Os estudantes do Colégio Estadual Carlos Marighela, localizado no Stiep, também participaram da abertura da Festa de Arte e Literatura Negra Infantojuvenil, no Museu Teixeira Leal. A professora do Marighela e curadora do evento, Carla Carvalho, acredita que é importante que os estudantes tenham acesso às reflexões e ponderações das produções literárias de mulheres e homens negros, neste contexto do Bicentenário da Independência do Brasil na Bahia. “Estamos protagonizando nossos espaços de atuação e construindo uma sociedade que a gente, de fato, pertença. Hoje, eles estão aqui como expectadores, mas faremos na unidade escolar um trabalho de intervenção pedagógica, em que eles vão relatar essa experiência de ocupação desse espaço, que é um museu”.
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