A cidade de Salvador completou, nesta sexta-feira, 29, 475 anos de fundação. Com quase cinco séculos de existência, a primeira capital do Brasil vem se transformando, com os novos investimentos na área da Educação. De 2019 até o início deste ano, o Governo da Bahia, através da Secretaria da Educação do Estado (SEC), aplicou R$ 746 milhões em construção de novas escolas de tempo integral e na realização de obras de ampliação, reforma e modernização de outras unidades da sua rede de ensino.
As novas unidades escolares possuem um alto padrão de engenharia e contam com salas de aula com ar-condicionado, teatro, biblioteca, restaurante, laboratórios, piscina semiolímpica, quadra coberta, campo de futebol society, vestiários, pista de atletismo e espaços multifuncionais. Já as escolas já existentes estão recebendo melhorias em suas estruturas para fortalecer a aprendizagem dos estudantes.
Nesses quase cinco anos, a capital baiana foi contemplada com oito novas escolas de tempo integral localizadas nos bairros de Vila Canária, Imbuí, Sussuarana, Paripe, Jardim Cajazeiras, Lobato, São Cristóvão e Cabula. Outra nova unidade escolar está em processo de licitação para ser construída na Estrada das Barreiras. Essas obras somam totalizam um investimento de R$ 248,8 milhões.
O estudante Levi Santos, 17, 3º ano, falou da satisfação de estudar no Colégio Estadual de Tempo Integral São Daniel Comboni, no bairro de Sussuarana, inaugurado em dezembro de 2022, com investimento de R$ 23,5 milhões. “É muito gratificante estudar em uma escola nova e com uma estrutura moderna como esta, que possui acessibilidade, teatro, salas de aula com ar condicionado, refeitório amplo, biblioteca, sala maker, laboratórios equipados, quadra poliesportiva coberta, campo de futebol society, vestiário e um ótimo ensino”, comemorou.
Reformas – Dentre as diversas melhorias voltadas para a requalificação da rede física das escolas estão nove ampliações, sendo duas entregues nos bairros Cia e Valéria; cinco concluídas na Fazenda Grande do Retiro, Tancredo Neves, Bairro da Paz, Piatã e Bonfim; uma em andamento no bairro de Águas Claras; e uma em licitação no bairro de São Cristóvão, o que totaliza R$ 92,5 milhões. Também, já foram realizadas nove requalificações de escolas com quadra coberta nos bairros Pituba, Fazenda Grande II, Cajazeiras X, San Martin, Fazenda Grande III, Piatã, Águas Claras, Armação e Pero Vaz, com o investimento de R$ 55 milhões.
A SEC também vem realizando 31 obras de modernização em escolas estaduais de Salvador. Com o investimento de R$ 258,7 milhões, cinco foram entregues no bairro da Lapinha, Cajazeiras IV, Periperi, Itapuã e Costa Azul; quatro concluídas na Caixa D´Água, Cajazeiras IV, Brotas e Mussurunga; quatro em andamento no Cabula, Pero Vaz, São Cristóvão e Armação; e 16 em licitação nos bairros de Cabula, Pituba, Nordeste, Santa Cruz, Brotas, Lapinha, Fazenda Grande do Retiro, Ondina, Cajazeiras IV, Periperi, Paripe, Praia Grande, Bairro da Paz, São Cristóvão, Mussurunga e Itapuã. Ainda, em Salvador, foram realizadas 319 reformas de manutenção nos colégios existentes, sendo 294 entregues, uma concluída e 24 em andamento, totalizando R$ 74.200 milhões. Soma-se a isso, a entrega de 15 quadras poliesportivas cobertas, com o investimento de R$ 16.907 milhões.
História e legado – Uma das escolas mais antigas de Salvador é o Colégio Estadual da Bahia, mais conhecido com Central. O primeiro colégio público de Ensino Médio da Bahia foi fundado em 6 de setembro de 1837 e, este ano, completará 187 anos. A unidade, que vem formando cidadãos de diferentes gerações, a exemplo do cineasta Glauber Rocha e do cantor Raul Seixas, oferece Educação em Tempo Integral e sedia o Centro Juvenil de Ciência e Cultura (CJCC), que oferece cursos e oficinas para estudantes da rede estadual de ensino.
A estudante Ariele Pétala Bispo, 16, 3º ano, disse que se sente lisonjeada em estudar em um colégio tradicional como Central. “Eu sou muito grata por ter um bom ensino, ser bem acolhida e contar com o incentivo dos professores para o ingresso nas universidades, pois os meus pais não tiveram esta oportunidade. Muitas gerações já ocuparam este espaço no passado para que hoje eu também estivesse aqui aprendendo e fazendo história. Este é um legado que levarei para a minha vida”.
Fotos: Emerson Santos e Yasmin Marinho
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