Nas escolas da rede estadual de ensino da Bahia, a pauta da educação antirracista é trabalhada ao longo do ano letivo com diversas atividades pedagógicas, como parte do currículo escolar. A iniciativa envolve, por exemplo, seminários, palestras, gincanas e apresentações artísticas e culturais, com temáticas voltadas ao cotidiano das unidades escolares de forma multidisciplinar, indo além das aulas de História, que, obrigatoriamente, conforme as leis n° 10.639/2003 e 11.645/2008, devem ensinar a cultura e a trajetória afro-brasileira.
A superintendente de Políticas para a Educação Básica da Secretaria da Educação do Estado (SEC), Leninha Vila Nova, lembra que a Bahia tem um histórico rico e diversificado das culturas e heranças africana e afro-brasileira, o que a torna um Estado ímpar para a implementação de políticas e práticas da educação antirracista. “Nossos esforços estão em continuar a fortalecer políticas de ações afirmativas para assegurar o acesso equitativo e permanência na Educação Básica, além de programas e ações que garantam a valorização da identidade dos estudantes negros e indígenas”, ressalta.
Para promover um ambiente escolar inclusivo e combater o racismo, as unidades escolares da capital e do interior da Bahia adotam abordagens estratégicas e criativas. No Centro Territorial de Educação Profissional (Cetep) Sisal, no município de Serrinha, o projeto “Combatendo o racismo por meio de podcast”, criado por mulheres negras do Coletivo Daomé da unidade escolar, emergem como uma importante ferramenta de educação para debater e promover também a divulgação de livros de autores negros e incentivo à leitura.
Em Salvador, até o dia 13 de maio, 989 educadores participam da formação on-line “Escolas para todos: promovendo uma educação antirracista”, organizada pelo Instituto Anísio Teixeira (IAT). A iniciativa visa apoiar a prática pedagógica com estratégias de combate ao racismo no ambiente escolar. “A proposta é dar suporte e oferecer também alternativas de práticas de educação antirracista. Além dos conteúdos disponíveis e do suporte com o plano de aula, os professores também podem compartilhar suas práticas exitosas em diferentes realidades educacionais com seus colegas, enriquecendo o currículo afroreferenciado”, declara a coordenadora de formação do Instituto Anísio Teixeira, Simone Alves Santos.
Foto: Divulgação
© Copyright 2020 Grupo A TARDE COMUNICAÇÃO
Wonderful Theme
Deixe uma resposta