Escola Municipal de Periperi realiza paralimpíada para trabalhar inclusão

 

A alegria e a inclusão falaram mais alto na quinta-feira, 16, com a realização da primeira edição da Paralimpíada da Escola Municipal de Periperi, situada no bairro homônimo. A atividade envolveu 20 alunos com deficiências variadas além de estudantes típicos da instituição. A escola contempla alunos do Ensino Fundamental I e II, além da Educação de Jovens e Adultos (EJA).

 

 

Os alunos atípicos participaram de um circuito com variadas atividades inspiradas nos esportes olímpicos, mas com regras flexíveis que levavam em consideração as dificuldades de cada indivíduo. Todos eles executaram as tarefas com o suporte de outros alunos sem deficiência, como forma de trocar experiências e fortalecer vínculos. Depois houve ainda dois jogos de futebol, sendo um da equipe feminina e outro da masculina. Todos os alunos foram premiados pela participação.

 

 

O estudante Tiago dos Santos Sá, 14 anos, é autista e ficou responsável por criar a marca desta primeira edição. Ele explicou que foi necessária muita pesquisa para escolher a mascote do evento: um coelho.

 

 

“Pesquisei muito sobre acessibilidade para que todas as deficiências fossem representadas. O Coelho pode ser visto como um animal indefeso, mas ele é ágil e sabe se sair bem nas dificuldades. Então escolhi ele pra representar a gente, vestido com a camisa que representa a acessibilidade”, detalhou.

 

 

Nicole Santa Rosa, 13 anos, foi umas das monitoras dos alunos atípicos e relatou que ficou muito contente pela troca de experiências propostas no evento. “Foi muito legal participar. Me diverti e foi um momento muito diferente, pois eu nunca vi essas brincadeiras em outro lugar. Gostei de brincar com os colegas e foi tudo muito bom”, afirmou.

 

 

Os pais dos alunos também foram convidados a participar das atividades. A mãe do aluno autista Ricardo Marvin Freitas, 12 anos, Luzinalva dos Santos compareceu para torcer pelo filho e afirmou que ficou encantada com a iniciativa da escola.

 

 

“Ele nunca teve contato com esporte, não tem outras atividades de lazer e fica muito tempo ocioso. Achei incrível essa atividade porque vai aproximar ele do esporte e ajudar a trabalhar as dificuldades de equilíbrio e concentração que ele tem no dia a dia”, contou.

 

 

O vice-diretor da unidade de ensino, Jorge Augusto dos Santos, explicou que a ideia partiu da necessidade de promover a inclusão e laços de convivência. Devido ao sucesso da primeira edição, relatou o professor, a escola espera fazer novas edições do evento.

 

 

“As atividades foram pensadas para fazer a inclusão de todos. A gente criou alternativas fazendo adaptações em jogos como basquete, por exemplo, para que alunos típicos e atípicos pudessem participar juntos. Então fizemos várias oficinas antes deste dia para que todos conhecessem os jogos propostos”, finalizou.

 

 

Foto: Lucas Moura/Prefeitura de Salvador 

 

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