Pioneiro no Brasil, Pestalozzi celebra 70 anos de fundação

Gestores, professores, pais e estudantes se reuniram, nesta sexta-feira, 24,  no Centro Estadual de Atendimento Educacional Especializado Pestalozzi da Bahia (CAEEPB), localizado no bairro de Ondina, para comemorar os 70 anos da instituição. A instituição, que é pioneira na oferta de atendimento educacional especializado para pessoas com deficiência na Bahia e o primeiro no Brasil a atender pessoas com Transtorno Espectro Autista (TEA), preparou uma programação especial para celebrar essa data significativa.

 

 

“Celebrar 70 anos de existência é celebrar uma história de dedicação, inclusão e muitas conquistas. Eu digo que aqui, no Pestalozzi, nós fazemos um trabalho de semeadura. Esse não é um trabalho que vai terminar agora, mas que as sementes já estão produzindo bons frutos. Essa comemoração é, também, uma forma de mostrar à sociedade tudo que está sendo feito para a melhoria da condição escolar e social dos estudantes com TEA”, declarou a diretora do Pestalozzi, Maria Eugênia Ribeiro.

 

 

A abertura do evento contou com um momento musical proporcionado pelo estudante Eduardo dos Santos Caetano, 17 anos. Ao som da flauta, o jovem encantou os presentes com suas interpretações para “Hallelujah”, de Leonard Cohen, e “Anunciação”, de Alceu Valença. “Eu estava bastante nervoso, mas o professor Valney me ajudou com o violão e eu consegui tocar melhor. Gosto muito do centro, me sinto livre quando estou aqui”, diz.

 

 

Além de Eduardo, os alunos Walfran Araújo Santos Júnior e Guilherme Vinícius Corrêa Santana apresentaram músicas que animaram a plateia. A programação contou, ainda, com a exibição de vídeos com depoimentos de estudantes, gestores e professores e familiares que fizeram parte da história da unidade, ao longo das últimas sete décadas, e uma apresentação do coral de professores, sob a regência do professor Valney José Silva dos Santos.

 

 

O sentimento de gratidão também foi compartilhado por Rosália Aguiar das Neves, mãe dos estudantes Magno, 39 anos, e Fernanda, 23 anos, alunos da instituição. “Ter um filho com TEA lhe torna uma pessoa muito guerreira, é muita luta. Gostaria de agradecer os professores, as meninas da recepção, as gestoras, todo o pessoal da secretaria e a todos os funcionários da instituição. Eu espero que o Pestalozzi siga com a sua caminhada e, se Deus quiser, que dure mais 70 anos”, afirma.

 

 

Ao longo de seus 70 anos, o Centro de Atendimento Educacional Especializado Pestalozzi da Bahia, anteriormente conhecido como Instituto Pestalozzi da Bahia (IPB), passou por uma revolução educacional significativa, transformando seu papel na educação brasileira. Fundado em 1954, o centro atendia, inicialmente, crianças e jovens carentes com deficiência em um contexto de grande desamparo educacional e de saúde. Transferido para Ondina, em 1966, a unidade focou em Deficiência Intelectual (DI) e, posteriormente, expandiu seus serviços para incluir Transtorno do Espectro Autista (TEA). Com a Constituição de 1988 e a Lei de Diretrizes e Bases de 1996, a Educação Especial foi reconhecida politicamente, permitindo que o Pestalozzi oferecesse Atendimento Educacional Especializado (AEE).

 

 

Desde 2011, o centro atende, exclusivamente, alunos com TEA, promovendo a inclusão escolar, social e a melhoria da qualidade de vida. Olhando para o futuro, o Pestalozzi da Bahia continua comprometido em tocar vidas e construir um legado duradouro. Atualmente, o centro atende 393 estudantes e conta com um quadro de 75 profissionais, incluindo gestores, coordenadores, professores, técnicos e estagiários do Programa Partiu Estágio, além do apoio de mais 18 funcionários.

Fotos: Amanda Chung

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