Cachoeira avança na construção do plano antirracista

Cachoeira avança na construção do plano antirracista  – Foto: Divulgação

 

A Secretaria de Educação de Cachoeira realizou nesta quarta-feira, 16, uma reunião para a criação de uma comissão na elaboração do protocolo escolar de combate ao racismo e à intolerância religiosa em conformidade ao Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos e Relações Étnico-Raciais (Pneerq), que irá implementar o Plano Municipal de Educação Antirracista.

 

 

 

“Cachoeira, com sua rica história e diversidade cultural, sempre foi um espaço de resistência e luta por igualdade com profundas influências de diferentes culturas e tradições.  A criação dessa comissão é um passo significativo não apenas para fortalecer a educação inclusiva e laica, mas para garantir que todos os estudantes sintam-se valorizados e respeitados em seu ambiente escolar, onde atitudes racistas podem ser imperceptíveis para quem pratica, mas dolorosas para suas vítimas.  Muitos já desistiram de estudar devido ao desconforto diante de práticas racistas em seu ambiente escolar, precisamos que nossos estudantes estejam bem e confortáveis, para aproveitar todo o seu potencial de aprendizado” afirmou o coordenador de Educação Antirracista, Educação Quilombola e Educação do Campo, Leandro Alves de Araújo.

 

 

 

Para o secretário de Reparação e Igualdade Racial, Orlando Andrade, o evento não reafirma apenas o compromisso do município com a educação de qualidade, mas também representa uma oportunidade única de promover diálogos construtivos e ações efetivas contra a discriminação. 

 

 

 

“Ao implementar um protocolo que combate o racismo e a intolerância religiosa, Cachoeira se posiciona como um exemplo a ser seguido, mostrando que a educação é uma ferramenta poderosa na construção de uma sociedade mais justa e igualitária”, disse. 

 

 

 

A prefeita da cidade, Eliana Gonzaga (PT), afirmou que a bandeira do antirracismo é uma prioridade para Cachoeira. 

 

 

 

“Eu levanto a bandeira do antirracismo com muita propriedade, sendo uma mulher negra de origem humilde, já senti na pele o que é ter que encarar de frente, gestos e frases que ferem e machucam na alma. As atitudes racistas nas escolas já levou muitos jovens ao fracasso escolar, os desanimando e os fazendo desistir de continuar a estudar. Eu sou um exemplo vivo de que nós, pessoas negras, temos voz, temos vez e lugar de fala […] Cachoeira é uma cidade predominantemente negra, inclusão social e igualdade para todos é necessário para uma convivência em harmonia social com respeito ao próximo. Estamos construindo isso com muita responsabilidade” declarou. 

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