A formação de professores e professoras é uma temática de grande relevância e que sempre me inquietou, por isso mesmo, tenho me dedicado na construção de conhecimentos em âmbito acadêmico e profissional, amparada em uma perspectiva de formação que acontece no decurso da vida a partir do momento em que tomamos em nossas mãos o nosso próprio processo de formação em busca de autonomização.
Significa que a formação não se limita às aprendizagens escolares, profissionais e institucionais, mas a um aprendizado na totalidade, não como uma soma das partes, mas como uma busca do devir, pautado nos acontecimentos, descontinuidades e potencialidades do cotidiano.
Importa ressaltar que a formação acontece na presença de outras pessoas das quais nos aproximamos e nos distanciamos e nos ajudam na busca de novos conhecimentos nos âmbitos familiar, escolar ou profissional os quais se articulam e dão uma singularidade a cada história de vida e a cada identidade.
Neste sentido, precisamos pensar na formação de professores e professoras pautada na ideia de que é preciso ajudá-los a aprender a aprender, dando destaque à reflexão sobre seu próprio processo de formação e trocas de experiências vividas ao longo das nossas vidas. Assim, faz-se necessário pensar a formação continuada de professores e professoras compreendendo-os enquanto sujeitos da sua própria formação e que são capazes de refletir crítica e coletivamente sobre o seu contexto.
Defendo uma política de formação de professores e professoras que valorize também as redes de trabalho que acontecem no interior das escolas, pois a formação contínua não pode ser entendida como um processo à margem dos espaços e tempos do
cotidiano escolar, ao contrário, deve estar intimamente articulada a eles, ultrapassando os limites dos conteúdos que se precisa ensinar.
Autorizo-me dizer que o cotidiano escolar constitui-se em um importante espaço de descobertas e reflexões docentes, pois é também nesse complexo cotidiano que os professores constroem e reconstroem a sua prática, daí a reinvenção de outros tempos de formação plurais que atendam aos sujeitos, também plurais.
Valcineide Santos de Almeida
Excelente reflexão pois, acima de tudo, humaniza os processo de formação docente com uma dose forte de posicionamento político.
Ola Valcineide.
Concordo em gênero, número e grau, com suas colocações, aja vista, que a educação é um processo de construção continuada, pois a nossa relação com os educandos acontece através dos conhecimento que adquirimos ao longo do nosso trabalho, no dia a dia.
A percepção do aluno, do seu momento, a interação dele com os colegas, com o professor são momentos em que o educador atua de forma profissional e a formação continuada ajuda esse educador a se melhorar e também ajudar o outro.
(…)
Precisamos realmente de ambientes e práticas que nos proporcione renovação.
Texto de grande relevância que nos faz pensar sobre a importância do cotidiano escolar no processo de formação de professores e professoras. E em tempos de pandemia, mais que nunca, voltamos o nosso olhar para o cotidiano das escolas. Que possamos, agora mais que nunca, valorizar o cotidiano escolar enquanto espaços e tempos de aprendizagens.
Olá..!! Tudo bem? Fiz uma visita ao seu site, gostei muito.
Dê uma olhada no meu…
Obrigado.!
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Excelente reflexão! A formação continuada principalmente em locus, deve ser interpretada como algo inerente à profissão e não uma ação compensatória, visto que a natureza da profissão exige constantes reconstruções e permanente exercício de reflexão e ação.