Cachoeira participa do 2º Encontro Intermunicipal Bahia sobre Educação Antirracista

Com o tema “Educação conectando a ancestralidade e a sustentabilidade”, o 2º Encontro Intermunicipal Bahia – Políticas Públicas de Educação Antirracista foi realizado na quinta-feira, 14, na Fundação Vovó do Mangue, em Maragogipe. O evento reuniu gestores educacionais, coordenadores escolares e mobilizadores sociais dos municípios de Cachoeira, São Félix, Governador Mangabeira e Camaçari.

O encontro contou com apresentações culturais, uma palestra conduzida pelo ativista indígena Marcos Elder Vieira de Carvalho e a troca de experiências sobre práticas antirracistas já implementadas nos municípios participantes. A iniciativa teve o apoio do Programa Parceria pela Valorização da Educação (PVE), coordenado pela Votorantim Cimentos em parceria com a Secretária Municipal de Cachoeira, o Instituto Votorantim, BNDES e Oficina Municipal.

O evento destacou a importância do cumprimento das leis 10.639/2003 e 11.645/2008, que tornam obrigatório o ensino da história da cultura afro-brasileira e indígena nas escolas, além de estimular práticas pedagógicas que valorizem a diversidade cultural e ambiental.

Samantha Moreira, da Oficina Municipal, reforçou o objetivo do evento.

“Além de aprofundar as discussões sobre educação antirracista, buscamos criar um espaço de troca entre os cinco municípios, fortalecendo relações e oportunidades de parceria”, pontuou.

Durante o encontro, Roberto Franco, secretário de Educação de Cachoeira, destacou os avanços alcançados no município.

“A Lei 10.639 completou 20 anos, mas o Brasil ainda tem um longo caminho. Em 2021, durante a pandemia, criamos uma lei municipal para um Plano de Educação voltado à Cultura Antirracista. Isso garantiu visibilidade nacional e abriu espaço para apresentarmos nossa iniciativa em São Paulo, Salvador e outras cidades”, disse.

Com mais de 120 participantes, o 2º Encontro Intermunicipal Bahia – Políticas Públicas de Educação Antirracista reforçou o compromisso com a construção de uma educação que respeite a ancestralidade afro-indígena e contribua para um futuro mais justo e sustentável.

Foto: Ascom de Cachoeira