A Escola Municipal Argentina Castelo Branco (EMACB) realizou, no dia, 20, o Julho das Pretas, com uma agenda ampla de atividades e ações afirmativas voltadas para o empoderamento e o protagonismo das mulheres negras da comunidade em geral. A escola apresentou como tema central do evento “Resistências e Protagonismo” inspirado nos Projetos Estruturantes da Secretaria da Educação (SEDUC). Que tem defendido a importância de resgatar as histórias não contadas pela História, com foco na visibilidade de grupos historicamente excluídos, como é o caso das mulheres pretas.
A abertura do evento ficou por conta da Professora Graça Celestino, idealizadora do projeto, que falou sobre a origem do Julho das Pretas, trouxe a história da rainha Tereza de Benguela, líder quilombola do século XVIII, e o significado das bonecas abayomi, confeccionadas na escola, pelos estudantes.
A parte prática e dinâmica do evento ficou por conta das oficinas com as workshopers que ensinaram técnicas de trançados e penteados afros, turbantes, capoeira e confecção das bonecas Abayomi, garantindo o engajamento e a participação de todos, além da degustação de iguarias.
O evento ainda contou com a participação da Antropóloga candeense Dra. Marilene Santana, que trouxe o tema “A vez, a Voz e a Importância das Pretas para o Empoderamento Negro”, sendo este momento um dos pontos altos do encontro, que também contou com uma roda de conversa mediada pelas educadoras Nildete Ramiro e Rosana Rios, na qual as heroínas anônimas da comunidade, trouxeram as suas “Falas Pretas”, representadas pelas estocadeiras de pasto, pescadoras , cortadoras de palhas de banana e artesãs das comunidades do entorno, com destaque para a fala afro-indígena da gestora da Unidade Escolar, professora Marolina Viturina, descendente indígena.
A Escola Argentina Castelo Branco, fica localizada na zona rural de Candeias.
Foto: Reprodução.
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