O projeto de atenção às mudanças climáticas desenvolvido pelas escolas Rural de Belém e João Gonçalves, no município de Cachoeira, no Recôncavo da Bahia, foi apresentado na 12ª edição da Festa Literária Internacional de Cachoeira (FLICA) nesta sexta-feira, 18.
O diretor da Escola Rural de Belém, Ângelo Lopes Marques, destacou que a iniciativa surgiu da necessidade de tratar das questões relacionadas às mudanças climáticas.
“A preocupação global é causada por fatores como desmatamento, poluição das águas, descarte incorreto do lixo, poluição do solo e excesso de carbono na atmosfera. Acompanhamos ações de tratamento e limpeza dos rios para evitar a proliferação de pragas, problemas respiratórios, calor excessivo, poluição das águas, e promovemos o destino adequado do lixo e a proteção ao meio ambiente com o objetivo de reduzir os problemas climáticos”, afirmou.
A gestora da Escola João Gonçalves, Eliete Pereira da Silva, enfatizou que o trabalho realizado tem se tornado referência na coleta de dados e estudos sobre o fornecimento de água e energia, além de iniciativas de preservação ambiental.
“Estamos criando hortas associadas à criação de peixes para a alimentação dos nossos estudantes, proporcionando refeições saudáveis e sem agentes nocivos”, explicou.
A professora do 4º ano da Escola João Gonçalves, Ailla Moreira Cerqueira, destacou o impacto positivo do projeto nas atividades escolares.
“Estamos promovendo debates sobre mudanças climáticas e sustentabilidade. Os alunos já visitaram a Central de Tratamento de Água da Cachoeirinha e a Hidrelétrica da Votorantim, conhecida como Pedra do Cavalo, onde puderam compreender como a água é tratada e a importância da biodiversidade. Essas experiências têm ajudado na conscientização sobre preservação ambiental”, disse.
O professor Fábio Madureira, do curso de administração da Faculdade Adventista da Bahia (FADBA), explicou a aplicação prática do projeto, que associa a criação de peixes ao cultivo de ervas e hortaliças sem uso de produtos químicos.
“O projeto pode ser implantado em comunidades escolares com baixos recursos, usando caixas d’água de 200 ou 500 litros e reaproveitando 80% da água, suficiente para a alimentação familiar. Além disso, permite aplicar conhecimentos de química, física, matemática e biologia de forma prática”, concluiu.
Foto: Divulgação
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