Feira valoriza ciência e saberes indígenas em Cachoeira

Feira valoriza ciência e saberes indígenas em Cachoeira – Foto: Divulgação

 

Com o tema “O Futuro é Ancestral”, a Feira de Ciências e Conhecimento Indígena foi realizada nesta terça-feira, 29, na Escola Maria da Hora e Creche Tia Angélica, da Comunidade Quilombola São Francisco do Paraguaçu, em Cachoeira. O evento é alusivo ao Dia dos Povos Indígenas, que acontece em 19 de abril e é lembrado ao decorrer do mês, valorizando a cultura e a história daqueles que foram os primeiros habitantes do Brasil.

 

 

 

A coordenadora escolar Izabelli Santos da Conceição, idealizadora do projeto, explicou que “o objetivo é reconhecer as contribuições históricas, artísticas e culturais dos povos indígenas no Brasil, com um olhar sensível para o conhecimento e para a ciência indígena, buscando dialogar sobre a importância da identidade étnico-racial no fortalecimento da aprendizagem e para valorização dos saberes Indígenas, construindo vínculos entre estudantes, seus familiares e o vínculo da educação com a comunidade, em amplo reconhecimento da realidade cultural indígena no Brasil, em um cenário de conscientização contra o racismo e a discriminação étnico-racial”.

 

 

 

O secretário de Educação do município, Fábio Macedo, representando a prefeita da cidade, Eliana Gonzaga (PT), falou da importância do evento para a vivência e conhecimento que traz valores reaprendendo a história, desconstruindo ideologias para construí-la com base na realidade, ouvindo quem fez a história e não a história que construíram para nós, que muitas vezes não condizem com os fatos reais. “Os povos indígenas nos deixaram saberes que até os tempos atuais fazem parte da nossa agropecuária e das nossas vidas”, disse Fábio.

 

 

 

A indígena Hamangaí, da nação Kariri Sapuyá, do povo Pataxó Hãhãhãe, residente em Cruz das Almas, foi a palestrante do evento. “Somos povos indígenas que avançaram, mas a nossa cultura prevalece, queremos ser vistos e entendidos todos os dias e não só no dia 19 de abril, fortalecendo o movimento estudantil para além da data preestabelecida. Foi muito gratificante chegar aqui e ver uma rica exposição falando da nossa cultura e das nossas tradições”, ressaltou. 

 

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