Flica 2025 celebra leitura, cultura e resistência em Cachoeira – Foto: Lindy Cometa
A 13ª edição da Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica), realizada no Recôncavo da Bahia, reuniu estudantes, artistas, turistas, moradores e autoridades políticas em três dias de intensa programação literária e cultural.
A prefeita da cidade, Eliana Gonzaga (PT), destacou que a Flica é um espaço de trocas e saberes capaz de despertar o interesse de públicos de todas as idades. “Com o tema ‘Ler é massa’, [a Flica] faz um convite para todos, reafirmando o poder transformador da leitura, levando conhecimento, democracia e diálogo”, afirmou.
Eliana também ressaltou o simbolismo do evento para a identidade local. “Cachoeira é um símbolo de resistência e luta não apenas por sua cultura, mas por sua marcante história. […] A Flica é um momento único que traz bagagem de idéias, através do poder da palavra escrita ou falada, inspirando histórias transformadoras,” acrescentou a prefeita.
O secretário de Cultura da Bahia, Bruno Monteiro, também participou das atividades. Ele ressaltou que “a feira literária acontece de forma gigante, espalhando por este estado e país a força da leitura, a transversalidade da palavra que está impressa nos livros, cantadas nas canções que aqui são apresentadas, nas histórias e contos, nos tornando mais fortes e livres”.
A programação abordou ainda a educação antirracista, com a participação do coordenador de Educação, Leandro Alves de Araújo. O debate reforçou o compromisso do município com a Educação Escolar Quilombola e a aplicação da Lei 10.639/03, que torna obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira nas escolas.
“Precisamos promover diálogos para a superação do racismo estrutural no ambiente escolar. A iniciativa amplia essa discussão sobre a educação para as relações étnico-raciais, ressaltando a importância de demarcar o espaço da literatura e da cultura, com o apoio institucional da PNEERQ (Política Nacional de Equidade, Educação para as Relações Étnico-Raciais e Educação Escolar Quilombola) e do ICEP (Instituto Chapada de Ensino e Pesquisa), como uma estratégia pedagógica concreta, indispensável para construir um futuro educacional mais justo e inclusivo”, concluiu Leandro.
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