No último dia 2 de abril foi comemorado o Dia Mundial de Conscientização do Autismo. Uma data que tem o objetivo de alertar a população sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA), propagar informações de qualidade e diminuir o preconceito. Os autistas possuem dificuldade de interação social e alguns comportamentos repetitivos, apresentando diferentes graus, necessidades e formas de encarar o mundo. Em Lauro de Freitas, os autistas encontram acompanhamento em Centros Especializados de Saúde, que oferecem consultas e terapias. No âmbito educacional, as crianças também são acolhidas de forma adequada para que o aprendizado seja eficaz.
Dentre os direitos garantidos, o do acesso à Educação, define que o autista tem o direito de estudar em escolas regulares. As escolas municipais de Lauro realizam um amplo trabalho pedagógico, para formar os alunos e orientar as famílias da melhor maneira. A Escola Santa Júlia, por exemplo, é uma referência nesse acolhimento e possui, atualmente, 38 alunos com autismo e 20 com laudo em andamento. A instituição possui uma sala de recursos, com atividades interativas e direcionadas ao desenvolvimento de habilidades. Os alunos são atendidos por uma equipe de professoras com especialização em atendimento educacional e inclusão.
A pedagoga Veronica Lorenzo é uma das responsáveis por esse acompanhamento. Ela explica que o atendimento aos alunos acontece duas vezes na semana, com duração de 50 minutos, no contra turno escolar. “Nosso público é formado por alunos autistas. Trabalhamos com diversos instrumentos e atividades que facilitem a adaptação e desenvolvimento de habilidades. São jogos, desenhos, dentre outras atividades lúdicas importantes. Além disso, também acolhemos as famílias, quando necessário, e orientamos os professores como atenderem esses alunos dentro das salas”, comentou.
Erisandra Souza é mãe de Eduarda Santos, aluna do 6º ano, diagnosticada com autismo quando tinha 1 ano e 6 meses. Ela acompanha a filha todos os dias até a Escola e participa de todas as orientações voltadas às famílias. “Eu sou ex-aluna dessa escola e já conhecia todo o comprometimento da equipe que atua aqui. Quando soube desse suporte às crianças com autismo, não pensei duas vezes. Aqui, encontrei toda a força e a orientação que eu precisava. Antigamente, eu não sabia como lidar em diversas situações. Hoje, eu já entendo melhor. A escola é nota 10”, disse.
SAÚDE
Os responsáveis pelas crianças com autismo também podem encontrar atendimento especializado na rede municipal de saúde. No Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) Infantil, são atendidas, atualmente, cerca de 200 crianças e adolescentes com autismo, na faixa etária de 01 a 18 anos. No equipamento, são oferecidos: atendimentos familiares, consultas psiquiátricas, terapia individuais e em grupos, visitas domiciliares e dispensação de medicamentos. No Centro Especializado em Reabilitação (CER), que funciona na UNIME, também é oferecido todo o suporte e assistência para essas crianças com autismo. O atendimento é prestado por uma equipe multidisciplinar, composta por fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, psicólogo, assistente social, fisioterapeuta, enfermeiro, psicopedagogo e técnico de enfermagem.
Por Iana Silva
Foto – Lucas Lins
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