Cachoeira promove ‘II Sarau Afro-Cachoeira’

 

O ‘II Sarau Afro – Cachoeira’, uma mostra artística da identidade voltada para cultura das pessoas negras com dramatização, música, dança, poesia e exibições de capoeira, foi realizado nesta segunda-feira (4), no auditório da Universidade Federal da Bahia (Ufrb). Com o tema ‘Nossos passos vêm de longe’, o evento teve a participação dos estudantes do Ensino Fundamental II, das escolas João Gonçalves, Padre Alexandre de Gusmão, Otávio Pereira, Municipal de Santiago do Iguape, 1° Grau de São Francisco do Paraguaçu, General Alfredo Américo da Silva, Edvaldo Brandão Correia e Aurelino Mário de Assis Ribeiro.

 

 

De acordo com a prefeita da cidade parceira do Programa A TARDE Educação, Eliana Gonzaga (Republicanos), o evento trouxe a arte da beleza negra com foco na valorização da identidade afro-cachoeirana. “Em 2022, o município ganhou o Prêmio Espírito Público devido à importância do Projeto da Educação Antirracista para fazer do ambiente escolar um local de pertencimento. Com a autoestima não valorizada, o estudante perde o interesse pela educação. Mas, com a autoestima elevada, o aluno se sente em um espaço de pertencimento tendo sua beleza, seus costumes e suas identidades respeitadas”, pontuou a prefeita.

 

 

“O racismo pode motivar o estudante a abandonar a escola devido à baixa autoestima, causada por dizeres, atitudes e palavras racistas que ferem e são imperceptíveis, mas machucam os sentimentos dos discentes causando constrangimento e desconforto no ambiente escolar. Portanto, este foi um dos motivos que fez a equipe pedagógica da secretaria de educação e o secretario Roberto Franco, pensar em estratégias a partir de observatórios que resultaram na Lei da Educação Antirracista implantada em Cachoeira em 2022”, detalhou a coordenadora da Busca Ativa Escolar, Lindinalva de Oliveira Santos.

 

 

A coordenadora da Educação Antirracista Sandra Líss Sant´Ana informou que uma pesquisa comprobatória sobre como o racismo pode interferir na qualidade do aprendizado dos estudantes e no ambiente escolar está sendo realizada e deve ser concluida ainda este mês. “O racismo é um dos principais motivos da evasão escolar. Os estudantes do sexo masculino apresentam o maior número de evadidos, trazendo neste contexto a necessidade de desenvolver tarefas laborais. Os depoimentos dos estudantes mostram o quanto o projeto tem sido impactante em suas vivências estudantis fortalecendo vínculos, evitando que a criminalidade seja apontada como um caminho para a superação das dificuldades e limitações”, disse.

 

 

“O município possui 15 escolas quilombolas em que além da identidade antirracista vem desenvolvendo um trabalho de pertencimento, o que valoriza as especificidades dos povos locais. É observado também a acessibilidade de transporte que promove os saberes locais e trata as especificidades de ser estudante quilombola”, finalizou o secretário de educação, Roberto Franco.

 

Foto: Divulgação

 

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